A disputa pela Prefeitura de São Paulo está esquentando e, com ela, os gastos das campanhas com marqueteiros já despontam como a principal despesa para quatro dos seis principais candidatos. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até o momento, as campanhas já desembolsaram R$ 17,3 milhões com empresas de marketing.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que conta com o apoio do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lidera o ranking de despesas em marketing. Sua campanha destinou cerca de R$ 7,5 milhões ao marqueteiro Lula Guimarães, o que coloca Boulos no topo da lista de investimentos em publicidade política.
Logo atrás de Boulos, aparece o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), que lidera uma coligação de 12 partidos, incluindo o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. A campanha de Nunes já pagou R$ 5 milhões à empresa Faro Comunicação, do publicitário Duda Lima, que recentemente foi envolvido em um incidente polêmico durante um debate, quando foi agredido por um cinegrafista da equipe de Pablo Marçal (PRTB).
O jornalista José Luiz Datena (PSDB) também entrou forte na competição por visibilidade, destinando R$ 2,9 milhões para os Irmãos Soutello & Mendonça, empresa de Felipe Soutello. Embora sua campanha tenha arrecadado R$ 3,7 milhões, as despesas já ultrapassaram R$ 5,1 milhões, sinalizando o ritmo acelerado da corrida eleitoral.
A candidata Tabata Amaral (PSB) contratou a agência Palavra Comunicação, de Pedro Simões, com um investimento de R$ 1,8 milhão em marketing. Sua campanha já arrecadou R$ 15,7 milhões, destacando-se como uma das mais robustas financeiramente, refletindo o peso dado à estratégia de comunicação.
Enquanto isso, as campanhas de Pablo Marçal (PRTB) e Marina Helena (Novo) não apresentaram até o momento gastos significativos em marketing. No entanto, Marçal pagou R$ 230 mil ao cinegrafista envolvido no incidente com o marqueteiro de Ricardo Nunes, sugerindo que outras prioridades de campanha estão sendo consideradas.
Esses números revelam a crescente importância do marketing político nas eleições municipais, em que a construção de imagem e a comunicação eficaz com o eleitorado são decisivas. Com a divisão do tempo de propaganda eleitoral gratuita, a batalha por visibilidade se intensifica entre os candidatos.
Com a aproximação do dia das eleições, os candidatos continuam ajustando suas estratégias, buscando otimizar o impacto de seus investimentos em marketing e conquistar a preferência dos eleitores paulistanos. A expectativa é que os gastos aumentem ainda mais à medida que o primeiro turno se aproxima.