Zona Sul

PCJ emite alerta para cidades da região com falta d'água ou risco de desabastecimento


Três municípios registram as situações. Segundo comitê, vazão dos rios gera preocupação; por outro lado, Cantareira apresenta cenário melhor que da crise hídrica de 2014. PCJ alerta que falta de chuva pode para provocar em 2022 crise hídrica maior que a de 2014
Três cidades da área de cobertura do g1 Campinas enfrentam falta d’água ou correm risco de desabastecimento do líquido, aponta um levantamento divulgado pelos Comitês PCJ nesta terça-feira (21). Veja no mapa abaixo a situação de outros municípios.
O caso mais grave ocorre em Santo Antônio de Posse (SP). O município teve a situação de abastecimento classificada como emergencial, que ocorre quando já há dificuldade para fornecer água aos moradores e interrupções são registradas para pelo menos parte dos bairros.
Monte Mor (SP) e Serra Negra (SP) estão em situação de alerta – ou seja, as cidades já têm ao menos uma fonte de captação insuficiente.
Vinte e duas cidades da área de cobertura do g1 Campinas, incluindo a metrópole e Valinhos (SP), que adota medidas para enfrentar o período de estiagem, estão em atenção, ou seja, não têm risco de desabastecimento, mas o consumo d’água precisa ser feito com cautela.
São elas: Americana (SP), Amparo (SP), Artur Nogueira (SP), Campinas (SP), Elias Fausto (SP), Holambra (SP), Hortolândia (SP), Indaiatuba (SP), Jaguariúna (SP), Louveira (SP), Mogi Mirim (SP), Monte Alegre do Sul (SP), Morungaba (SP), Paulínia (SP), Pedra Bela (SP), Pedreira (SP), Pinhalzinho (SP), Socorro (SP), Sumaré (SP), Tuiuti (SP), Valinhos (SP) e Vinhedo (SP).
Mapa aponta cidades com dificuldade no fornecimento de água e risco de desabastecimento; três estão na região de Campinas (SP)
Divulgação/Comitê PCJ
Vazão dos rios preocupa
O Rio Atibaia é responsável por abastecer 95% da cidade de Campinas. Dados divulgados pelo Comitê CPJ apontam que, na primeira quinzena de setembro, a vazão estava em 9,5 metros cúbicos – a menor desde a crise hídrica de 2014, quando a vazão registrada foi de 5,3.
Os dados da vazão do Atibaia ano a ano são:
2021: 9,5
2020: 11,9
2019: 13,4
2018: 11,2
2017: 9,6
2016: 12,2
2015: 18,1
2014: 5,3
2013: 12,1
Cantareira: boas notícias e cautela
Se durante a crise hídrica de 2014 o Sistema Cantareira registrou índice negativo de – 9,7% no volume útil de água armazenada, em setembro deste ano, a porcentagem está em 34,6%.
Apesar de positiva, a quantidade precisa ser usada com cautela, alerta o coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento do PCJ, Alexandre Vilella.
“Nas Bacias PCJ, nós temos mais de 40 municípios que não se abastecem das grandes calhas do Cantareira. […] Hoje, o rio opera na casa dos 33%, que é uma água suficiente para a gente atravesse essa estiagem até o final do ano, mas ficamos muito dependentes das chuvas do ano que vem”, pontua Vilella.
A preocupação enfrentada pelos membros do comitê é que, caso não chova a quantidade necessária em 2022, o país tenha uma crise hídrica parecida ou maior com a que ocorreu em 2014.
“Nós tentamos fazer com que os usuários conversem e se entendam, para que não haja disputa ou briga no momento de captação de água, seja por uma indústria, um irrigante ou as próprias cidades” diz o diretor-presidente da Agência CPJ, Sergio Razera.
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