Na disputa pela prefeitura de São Paulo, os principais candidatos já revelaram suas estratégias e despesas, somando um total impressionante de R$ 74,3 milhões. Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) aparecem no topo da lista, com gastos de R$ 29,8 milhões e R$ 22,9 milhões, respectivamente. As campanhas apostaram em uma combinação de estratégia tradicional, como mobilização de rua, e moderna, como propaganda
Boulos, liderando os investimentos, destinou R$ 5,7 milhões à militância de rua, mobilizando equipes em bairros da periferia, onde tradicionalmente o PT, seu aliado, tem forte presença. Sua campanha tem um foco claro na conquista de eleições de regiões populares, apostando também em R$ 3,9 milhões em materiais gráficos e R$ 1,8 milhão para a realização
Ricardo Nunes, atual prefeito e candidato à reeleição, por sua vez, investiu R$ 4 milhões na contratação de Duda Lima, marqueteiro responsável pela campanha presidencial de Jair Bolsonaro em 2022. Além disso, Nunes destinou R$ 3,6 milhões à produção de conteúdo audiovisual para rádio e televisão, aproveitando seu maior tempo de propaganda nos meios de comunicação
Tabata Amaral (PSB), terceira maior em despesas, investiu R$ 3,9 milhões em conteúdos audiovisuais, destacando-se com um documentário em oito episódios no YouTube. Sua estratégia é baseada na divulgação de sua trajetória pessoal, buscando engajar concorrentes por meio de narrativas visuais que humanizem sua candidatura e atraiam a atenção dos jovens.
Outros candidatos como José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) também figuraram entre os que mais gastaram. Datena investiu R$ 2,9 milhões em publicidade, contratando o publicitário Felipe Soutello. Marçal, por sua vez, direcionou seus recursos para serviços advocatícios e materiais gráficos, sendo o único a não utilizar recursos públicos, autofinanciando sua campanha.
Marina Helena (Novo) optou por uma campanha focada principalmente no meio digital, destinando R$ 408 mil para estratégias online, representando um terço de suas despesas totais. A candidatura, que busca atrai interesses mais jovens e conectados, destinau R$ 1,2 milhão para fortalecer sua presença nas redes sociais, promovendo uma campanha enxuta e inovadora.
A corrida eleitoral em São Paulo mostrou a complexidade e a diversidade das campanhas políticas atuais. Cada candidato adapta suas estratégias de acordo com suas prioridades e público-alvo, combinando métodos tradicionais, como mobilizações e propagandas, com técnicas digitais de comunicação para alcançar diferentes segmentos do eleitorado.
Com a reta final da campanha se aproximando, as próximas semanas serão decisivas para os candidatos. Ajustes nas estratégias e novas apostas deverão surgir à medida que as eleições se aproximam, com cada campanha buscando intensificar seus esforços para conquistar o voto dos paulistanos. O cenário reflete a competitividade e a dinâmica do maior município do Brasil, onde qualquer detalhe pode ser crucial para definir o vencedor da disputa pela prefeitura.