Os vinhos biodinâmicos e naturais estão conquistando cada vez mais espaço entre os apreciadores da bebida. Conforme informa o empresário Sidnei Piva de Jesus, produzidos de forma sustentável, eles priorizam a autenticidade e o respeito à natureza. Entretanto, muitas pessoas ainda confundem esses dois estilos de vinho. Pois, apesar de terem semelhanças, também há diferenças importantes entre eles, especialmente no modo de produção e nas características sensoriais.
Com isso em mente, a seguir, vamos entender melhor esses conceitos e como eles influenciam no sabor da bebida.
O que são vinhos biodinâmicos e naturais?
Segundo Sidnei Piva de Jesus, os vinhos biodinâmicos seguem os princípios da agricultura biodinâmica, um sistema de cultivo baseado nos ciclos lunares e em práticas que visam o equilíbrio do ecossistema. Esse método foi baseado no trabalho do filósofo Rudolf Steiner e prioriza o uso de compostos naturais e a ausência de produtos químicos artificiais. Além disso, também promove um grande respeito pela biodiversidade da vinícola, o que garante solos saudáveis e uvas de alta qualidade.

Já os vinhos naturais são aqueles produzidos com mínima intervenção humana, como destaca o empresário Sidnei Piva de Jesus. Isso significa que não há adição de leveduras comerciais, sulfitos ou outros aditivos químicos. Dessa forma, as uvas são colhidas manualmente e fermentam espontaneamente com leveduras nativas. O objetivo é manter a expressão mais pura do terroir, refletindo a identidade do local onde as uvas foram cultivadas.
Como esses métodos impactam o sabor do vinho?
A produção biodinâmica influencia diretamente a complexidade e a estrutura do vinho. Já que como o solo é bem cuidado e equilibrado, as uvas se desenvolvem com uma concentração ideal de açúcares e ácidos naturais. Isso resulta em vinhos mais vivos, com uma acidez bem definida e sabores que se transformam na taça ao longo do tempo.
Por outro lado, os vinhos naturais costumam ter sabores mais rústicos e autênticos, de acordo com Sidnei Piva de Jesus. Assim, como passam por menos filtragens e interferências, eles podem apresentar turbidez e aromas intensos. Isto posto, algumas pessoas descrevem esses vinhos como mais “selvagens”, com notas terrosas e frutadas que remetem diretamente às uvas utilizadas.
As principais diferenças entre eles
Por fim, embora compartilhem a ideia de uma produção mais natural e sustentável, existem diferenças importantes entre os vinhos biodinâmicos e naturais:
- Uso de certificação: vinhos biodinâmicos podem ter certificação Demeter, enquanto os naturais não possuem uma certificação oficial amplamente reconhecida.
- Intervenção no processo: os biodinâmicos podem ter uma leve adição de sulfitos, enquanto os naturais evitam qualquer tipo de adição química.
- Fermentação: ambos utilizam leveduras nativas, mas os naturais evitam qualquer controle de temperatura durante a fermentação.
- Filtragem: os biodinâmicos podem passar por filtragem suave, enquanto os naturais são geralmente engarrafados sem filtração.
Logo, esses aspectos ajudam a diferenciar os dois estilos e mostram que cada um tem suas próprias particularidades.
A melhor escolha é aquela que mais combina com seu paladar!
Em última análise, seja biodinâmico ou natural, ambos os tipos de vinho oferecem uma experiência diferenciada para quem busca produtos mais autênticos e sustentáveis. Portanto, quem prefere um vinho com melhor estrutura e filtragem pode optar pelos biodinâmicos. Já aqueles que buscam sabores mais vivos e sem interferências podem se encantar com os naturais. Todavia, no final, a melhor escolha é sempre aquela que agrada mais ao seu paladar.
Autor: Mikhail Ivanov
Fonte: Assessoria de Comunicação da Saftec Digital